"O amor é paciente e benigno, não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal, não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo supera... O amor jamais acabará".
sexta-feira, 3 de junho de 2011
“Lixo e Purpurina” do escritor gaúcho Caio Fernando Abreu. Um espetáculo sobre descobertas, solidão e dor.
Baseada em obra homônima e no texto anotações sobre o amor urbano, ambos do escritor de Caio F. (1948 – 1996), a peça proporciona a busca pelo autoconhecimento com a história de um jovem e suas experiências em terras estrangeiras.
Nos anos 70, Caio F. se exilou em Londres, onde se deparou com dificuldades de adaptação a um novo espaço e uma nova língua. A sensação de estrangeirismo em todos os sentidos, a precariedade, em decorrência da falta de dinheiro, além de sentimentos ambíguos e saudosos do Brasil, da família e dos amores do passado, do presente e possivelmente do futuro, pontuaram o tempo em que o escritor esteve fora do Brasil.
Foi a partir dessa necessidade de comunicação que ele escreveu um diário, mistura de ficção e realidade como afirmou o próprio autor. A problemática das relações humanas e o enfretamento da solidão são temas recorrentes em Lixo e Purpurina e em toda literatura deste grande autor, um dos principais nomes da geração de contistas brasileiros das décadas de 70 e 80.
O texto base para a adaptação se passa nos anos 70, mas a encenação dialoga tanto com aquela época como com a atual. O jovem retratado na peça vive em estado de mudança constante, apresentando ao público um painel de transformação, amadurecimento e inquietações atemporais.
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