"O amor é paciente e benigno, não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal, não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo supera... O amor jamais acabará".
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
SAUDADE...
E caminhamos juntos tanto tempo,
durante tanto tempo foste minha, fui teu.
Mas de um amor que parecia eterno,
tudo se foi, tudo morreu.
Hoje vives a pensar em outro,
sei que o meu amor já esquecestes,
não mais pulsa por mim teu coração
e o nome teu ainda murmuro,
a voz soluça num lamento vão.
O destino que um dia nos unira,
este mesmo destino sem piedade
foi-se embora não mais voltou,
deixando apenas "Uma saudade".
Tão distantes agora um do outro,
dois estranhos apenas nada mais,
passas por mim altiva indiferente,
para outro homem, sei que vais,
deixando apenas "A saudade".
Mas tu não sabes que quando, por ti passo,
sem ao menos te olhar,
a saudade que ainda levo comigo,
dentro da alma a chorar.
Uma pobre saudade dolorida,
da esperança que você me deu,
uma louca saudade que não morre,
quando tudo morreu.
- Florbela Espanca -
Beijos doces...
Flor de Lis!!
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Um comentário:
Linda Lis,
Linda Florbela,
Abração numa noite de verão!
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha...
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
Florbela Espanca
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